sábado, 28 de junho de 2014

ANO DE 1960 - POMAR EM MARIANSKÉ LAZNE - CHECOSLOVÁQUIA


Registros fotográficos da passagem de Pedro Pomar por Marianské LazneAgosto de 1960


                    Geraldo Aguiar, Francisco Pereira, o filho Eduardo e Pedro Pomar            

                                         Francisco, Pedro, Eduardo e Geraldo

                                           Francisco, Eduardo, Geraldo e Pedro


                                           Francisco, Pedro, Ruy Alves e Geraldo


                                       Geraldo e Eduardo, com Pedro ao fundo  

                             
                                    Francisco, Eduardo, Pedro e Geraldo Aguiar




FOTOS CATARINA


                                                    Catarina a irmã Orlandina
                              Com o filho Carlos, então nora Valeria e netos Ted, Felipe e Luciana
                                                         
                   Em Portugal, com Pedro, Wladimir, Eduardo e Jonas, com Jonas e filhos de amigos e no Rio

                                                Com a irmã Orlandina e a neta Tatiana    

                                                          Com a sobrinha Rochelle

domingo, 4 de maio de 2014

DALCIDIO JURANDIR






Dalcídio Jurandir e Pedro Pomar eram conterrâneos e trabalharam juntos no final da década de 40 no jornal Imprensa Popular.
Além da amizade e trabalho comum ainda eram vizinhos no Leblon - Dalcídio morando na rua Ataulfo de Paiva, entre Dias Ferreira e Aristides Espíndola e Pomar morando na Dias Ferreira, 78, no mesmo quarteirão.
Dalcídio Jurandir nasceu na Vila de Ponte de Pedras, Ilha de Marajó, em 1909, e em 1910 muda-se para Vila de Cachoeira, na mesma ilha, onde o pai exerce cargo de Secretário da Intendência Municipal. Aí passa a infância e aprende as primeiras letras em casa com a mãe. Após fazer a Escola Mista Estadual e iniciar o primário, termina-o em Belém, para onde se transfere, hospedando-se em casa de parentes, em 1922. Matricula-se no Ginásio Paes de Carvalho, cancelando a matrícula em 1927, não concluindo o segundo ano.
No ano seguinte viaja para o Rio de Janeiro. Sem meios de sobrevivência, trabalha como lavador de pratos num restaurante do bairro da Saúde e logo depois é admitido como revisor, sem remuneração, na redação da revista Fon-Fon. Ainda em 28, volta a Belém, no mesmo navio Lloyd em que viera, trabalhando na copa. Começa a ler clássicos emprestados de brasileiros e portugueses. É nomeado Secretário Tesoureiro da Intendência Municipal de Gurupá, Baixo Amazonas, onde escreve a primeira versão de Chove nos Campos de Cachoeira. Deixa o cargo, trabalha num barracão comercial de amigo que ensina as primeiras letras aos seus dois filhos.
Em 1931 conclui livro de contos e um romance, lembranças da infância em Marajó, faz poemas e descreve paisagens. Retorna a Belém, sem emprego. Graças a amigos, é nomeado auxiliar de gabinete da Interventoria do Estado. Colabora nos jornais O Imparcial, Crítica e Estado do Pará. Transferido para a Secretaria da Polícia Civil, pede para ser lotado na Diretoria de Educação e Ensino, no que é atendido. Promovido, secretaria a revista Escola. Colabora nas revistas Guajarina e A Semana, e no jornal Estado do Pará. Em 1936, é preso, incomunicável, por suas ideias esquerdistas, tendo participado ativamente do movimento da Aliança Nacional Libertadora, conseguindo, a custo, levar o Dom Quixote, de Cervantes, que lê na prisão, nos dois meses em que lá permanece. Novamente preso em 37, por quatro meses, devido à campanha contra o fascismo. Em 38, volta às suas funções e em 39 vai para Salvaterra, Marajó, como Inspetor Escolar.
Reescreve Chove nos Campos de Cachoeira e escreve o segundo romance. Colabora nas revistas Terra Imatura e Pará Ilustrado. Obtém primeiro lugar no concurso literário do jornal Dom Casmurro e Editora Vecchi (entre quase cem escritores, cujo júri era formado por Jorge Amado, Oswald de Andrade, Álvaro Moreyra e Rachel de Queiroz, em 1940). Em 41, é lançado este primeiro romance, no Rio. Trabalha em vários jornais, assina coluna, redige textos publicitários, legendas para filmes de educação, colabora no Correio da Manhã, revista O Cruzeiro. Em 52, vai à União Soviética, em seguida Chile. Publica romances. Em 72, recebe Prêmio Machado de Assis, pelo Conjunto de Obra, pela ABL. Escritor de uma prosa poética, publicou vários poemas em revistas, como no n.º 3 da Guajarina (exemplo: o sensual Posse). Com produção maior na prosa, como romancista, ensaísta, cronista, a visão poética está sempre presente, como o último capítulo do primeiro romance (Irene é o princípio do mundo de Chove nos Campos…)
Livros: Chove nos Campos de Cachoeira. Romance. RJ, Vecchi, 1941. 1.º Prêmio Vecchi/Dom Casmurro. Marajó. Romance. RJ, José Olympio, 1947. Três Casas e um Rio. Romance. RJ, Martins, 1958. Linha do Parque. Romance. RJ, Vitória, 1959. Belém do Grão-Pará. Romance. RJ, Martins, 1960. Prêmio Paula Brito da Biblioteca do Estado da Guanabara, e o Prêmio Luiza Cláudio de Souza do PEN Clube do Brasil. Linha do Parque. Edição russa. Moscou, 1961. Apresentação de Jorge Amado. Passagem dos Inocentes. Romance. RJ, Martins, 1963. Primeira Manhã. RJ, Martins, 1968. Ponte do Galo. Romance. RJ, 1971. Os Habitantes. Romance. RJ, Artenova, 1976. Chão dos Lobos. RJ, Record, 1976. Ribanceira. Romance. RJ, Record, 1978.
Há reedições de suas obras por outras editoras. Em 1991 reedita a CEJUP o primeiro romance, pretendendo editar toda a obra. Os poemas aqui apresentados são das revistas citadas e do livro A Poesia do Texto, de Benedicto Monteiro, bela transcriação com trechos da ficção poética de Dalcídio Jurandir, que faleceu no Rio de Janeiro, em 1979.